sexta-feira, 17 de maio de 2013

Todo cuidado é pouco

Tags: , , , ,

O uso do gás liquefeito de petróleo (GLP) traz economia e conforto ao condomínio, mas exige atenção constante.

As instalações de gás são como todas as outras existentes em condomínios, como as elétricas e hidráulicas. Elas exigem manutenção periódica, a fim de garantir a segurança dos usuários.
Um importante aliado neste sentido é o Auto de Vistoria de Bombeiros (AVCB), que os condomínios devem requisitar ao Corpo de Bombeiros.
AVCB vale por dois anos – A periodicidade do documento é de dois anos, e o procedimento ajuda a não perder de vista a manutenção destas instalações que tantos riscos podem oferecer a edificação e aos seus usuários.
O AVCB é obtido após vistoria técnica nas tubulações existentes, nas modificações realizadas no ambiente onde passa a rede de gás e, em caso de uso de GLP (gás liquefeito de petróleo), nos locais de armazenamento.
Também são avaliados equipamentos, como válvulas de bloqueio e reguladores de pressão.
O procedimento se justifica, pois, segundo avaliação de quem lida com manutenção predial, é comum que estas instalações sejam esquecidas.
“Não é incomum encontrar-se edificações com instalações de mais de dez, 15 anos de uso e sem qualquer cuidado de manutenção. Um risco alto”, alerta David Gurevitz, engenheiro e especialista em instalações prediais.
O especialista adverte ainda que os condomínios mais antigos, que em geral ainda possuem conexões de ferro soldadas, devem proceder à modernização das instalações, com a substituição por tubos de cobre ou polipropileno.
Usuários finais – A Ceg, concessionária de gás natural do Rio de Janeiro, criou um canal exclusivo para atendimento aos síndicos, por considerá-los importantes aliados na orientação aos usuários finais sobre cuidados de prevenção.
“Em vários contatos com síndicos, durante o atendimento, nós percebemos que eles são de grande importância para o nosso trabalho”, afirmou a companhia através de sua assessoria.
O site passou a conter informações importantes, como a orientação para que obras posteriores à instalação de gás sejam submetidas a concessionárias, por meio de projeto de um profissional apto, e que atendam sempre ao Regulamento de Instalações Prediais de Gás do Rio de Janeiro.
O RIP, as normas de segurança e o Decreto do Corpo de Bombeiros para uso do gás são conteúdos permanentes.
“É importante esclarecer que a responsabilidade da concessionária vai até o medidor; do medidor até os pontos de consumo – geralmente fogões e aquecedores –, a responsabilidade é do proprietário do imóvel. Conscientizar os condôminos para manter seus aparelhos em boas condições de manutenção é a melhor prevenção”, aconselha.
Instalações seguras – É importante destacar que a empresa é responsável pelo serviço de distribuição de gás e não um órgão fiscalizador, mas ela exige o cumprimento das normas de segurança toda vez que um cliente solicita a ligação do gás.
Nestas ocasiões, ambientes como cozinha e banheiro são vistoriados, e o fornecimento só é liberado caso eles apresentem todas as condições necessárias para a instalação correta e segura dos equipamentos.
O gás canalizado utilizado pelos condomínios é, sem dúvida, a opção mais segura para lidar com esse tipo de combustível, porque não há armazenamento da substância, o que pode causar explosões e incêndios.
Quando a instalação é externa ao prédio é ainda mais segura, pois, em caso de escape, este ocorre em área aberta. Mas, mesmo assim, alguns cuidados devem ser tomados nas áreas onde estão instalados aparelhos e medidores.
Nos condomínios, é preciso atenção nos casos de chaminés coletivas, para não obstruir ou modificar as características das chaminés e não instalar aquecedores nos imóveis, diferentes dos que foram dimensionados para elas.
Para o caso dos edifícios com exaustão ou ventilação mecânica, estas devem permanecer ligadas 24 horas. No ponto inicial dos medidores, a área deve assegurar completa proteção dos medidores contra choques, ação de substâncias corrosivas, calor, chama, sol, chuva ou outros agentes externos nocivos.
No interior das caixas ou cabines, não pode haver qualquer dispositivo capaz de produzir centelha, chama ou calor.
A iluminação do local deverá ser composta por luminária antiexplosiva e o interruptor deverá estar instalado do lado de fora da cabine. As caixas de proteção e as cabines devem permanecer sempre limpas e o acesso a elas, desimpedido para inspeção, medição ou substituição de medidores.
Dentro de casa – Nas unidades, os locais em que fogões e aquecedores estão devem ter ventilação permanente, inferior e superior, para a renovação do ar.
Os aquecedores devem ter chaminés e um terminal em T instalado no final. E tanto estes quanto os fogões devem estar conectados à instalação por um tubo flexível metálico com registro de esfera contendo a identificação da ABNT NBR 14177, além de ser instalado em local ventilado e de fácil acesso.

Dicas de instalação e segurança

  • Não utilize as tubulações de gás com suporte de outros objetos
  • Não submeta as tubulações de gás ao contato com cabos elétricos
  • Não coloque materiais inflamáveis ou corrosivos próximo às tubulações
  • Feche o registro de gás após a utilização dos aparelhos
  • Feche a válvula do medidor de gás caso se ausente de sua residência por vários dias
  • Não obstrua as áreas de ventilação
  • Se a chama de gás natural apresentar uma coloração amarelada ou estiver oscilante, é sinal de falha na combustão. Providencie o reparo imediato
  • Se houver falta de gás natural, por motivo diferente de corte, siga as instruções do fabricante para a abertura das válvulas, caso o fornecimento não seja restabelecido, contate o serviço de emergência autorizado
  • Se sentir cheiro de gás, chame imediatamente a assistência técnica autorizada
Recomendações de segurança extraídas do site Gas Natural Fenosa.

Fonte:http://icondominial.com.br/blog/todo-cuidado-e-pouco/

Nenhum comentário:

Postar um comentário